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A Saúde Universal e o impacto sobre o diagnóstico de câncer no Brasil

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A Organização Mundial da Saúde propôs, para o Dia Mundial da Saúde 2018, celebrado agora em abril, o desafio de unir os tomadores de decisão, profissionais da área, comunidade e imprensa para divulgar a necessidade de cobertura e acesso à saúde universal e os benefícios que essa ação política pode trazer.

Segundo a OMS, saúde universal é “a garantia de que todas as pessoas e comunidades tenham acesso aos serviços de saúde sem qualquer tipo de discriminação e sem sofrerem dificuldades financeiras. Abrange toda a gama de serviços de saúde, incluindo promoção da saúde, prevenção de doenças, tratamento, reabilitação e cuidados paliativos, que devem ser de qualidade, integrais, seguros, eficazes e acessíveis a todos”.

Entre as propostas elencadas pela Organização Mundial da Saúde, estão a organização de fóruns de discussão, debates políticos, atividades esportivas, além de ações de advocacy para que os governos implementem estratégias para motivar a promoção da saúde, aumentando a expectativa de vida e protegendo os países de epidemias. Neste contexto, os benefícios do acesso a uma alimentação equilibrada, à prática regular de dos exercícios físicos, além do consumo de água de qualidade, precisam entrar na pauta das discussões. Prova disso é que o Inca estima que 30% dos casos de câncer registrados no Brasil estejam ligados ao estilo de vida do paciente.

Para os tumores de cólon e reto, por exemplo, uma dieta rica em fibras, as atividades físicas, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e de carnes processadas, bem como o acesso aos exames de rastreamento, são medidas que ajudam na prevenção e diagnóstico precoce. O Instituto Vencer o Câncer realizou uma série de ações em locais públicos e nas redes sociais para alertar sobre o câncer colorretal no mês de março. “Conhecimento é poder”, afirma a diretora do IVOC, Rita Domingues. O Vencer o Câncer foi uma das entidades da sociedade civil que participaram em 27 de março, dia Nacional de Combate ao Câncer colorretal, do Seminário “Câncer de Intestino – prevenção, diagnóstico e tratamento no Brasil”, na Câmara dos Deputados, em Brasília.

O evento, iniciativa da Frente Parlamentar de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer, debateu estratégias para somar esforços políticos para melhorar o acesso ao diagnóstico e tratamento. Cerca de 36 mil novos casos da doença devem ser notificados no Brasil em 2018.

“Precisamos propor um programa de rastreamento da doença que estabeleça a conscientização sobre esse tipo de tumor para a população leiga e profissionais de saúde, alertar sobre os riscos, indicar os exames necessários e promover uma mudança de estilo de vida para a prevenção”, destacou a proctologista Carmen Ruth Manzione, da Associação Brasileira de Prevenção do Câncer de Intestino. A deputada Carmen Zanotto, presidente da Frente Parlamentar, afirmou que é necessário um esforço político para que nenhum paciente a médio e longo prazo tenha dificuldade no diagnóstico e tratamento. “O câncer de intestino é um câncer também silencioso. Os pacientes estão tendo muita dificuldade de acesso aos exames para fechar um diagnóstico”, afirma. Também estiveram presentes no evento a representante da AMUCC – Associação Brasileira de Portadores de Câncer, Jurema dos Santos, o oncologista da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, Luciano Henrique Pereira dos Santos, e integrantes de associação de pacientes.

Além do Simpósio, funcionárias da Câmara dos Deputados participaram de uma ação de conscientização sobre o câncer colorretal, em que receberam informações sobre os sintomas, fatores de risco e tratamentos para a doença. Os tumores de cólon e reto são o segundo de maior incidência nas mulheres e o terceiro entre os homens no país.

A secretária parlamentar Miriam Lima buscou informações sobre a importância do acompanhamento precoce quando há histórico familiar. “Eu tenho vários parentes com câncer, mas eu nunca havia pensado no intestino. A partir de agora ficarei mais atenta”, promete Miriam. Ela disse que realiza anualmente a mamografia e Papanicolau, porém nunca havia recebido orientação sobre o câncer de intestino e os exames que auxiliam no diagnóstico da doença.

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