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Metástases ósseas: tratamento precoce é fundamental para reduzir o risco

ossos metastases

As metástases ósseas resultam do processo comum às metástases: células cancerígenas se desprendem do tumor original e entram na corrente sanguínea, podendo se instalar à distância. Caso esse processo tenha como destino final os ossos, os sintomas são, entre outros, dores ósseas, fraturas e aumento de volume do local atingido.

Cânceres com origem nos ossos são raros

Os pacientes se assustam ao receber o diagnóstico, pois a chance de cura nesses casos em geral é considerada pequena. Porém, mesmo que a condição seja delicada, não deve ser encarada como sentença de morte.

Para o Dr. Waldec Jorge David Filho, professor de Oncologia do Curso de Medicina do Centro Universitário São Camilo, o avanço da medicina tem propiciado resultados cada vez melhores no tratamento do câncer. “Em situações menos frequentes, é possível alcançar a cura da enfermidade que originou as metástases. Porém, o que acontece com mais frequência é o controle da doença por longos períodos.”

Não há como prever se o paciente irá ou não desenvolver metástases ósseas, mas alguns fatores podem contribuir, entre eles o tipo de tumor e a existência de metástases em outros órgãos. “Entre eles estão os de mama, de próstata, de pulmão, de rim, de bexiga e o melanoma”. Por isso, a melhor forma de evitar que o câncer se dissemine para os ossos é obter um diagnóstico precoce. Quanto mais cedo o tratamento for iniciado, maiores serão as chances de cura e menores serão os riscos de metástases.

As metástases ósseas podem ser diagnosticadas muito antes de o paciente sentir os primeiros sintomas associados à doença. É por isso que, se houver o diagnóstico de câncer, é importante seguir a orientação médica e realizar todos os exames específicos solicitados. Entre os principais estão: raio x, cintilografia óssea, tomografia computadorizada, ressonância magnética, marcadores tumorais e biópsia óssea.

E quais são as opções de tratamento? Para o professor, depende do tipo de câncer que originou as metástases e de sua extensão. “Quando a situação exige um tratamento sistêmico, as principais vias são a quimioterapia antineoplásica, o tratamento hormonal (no caso dos cânceres de mama e de próstata, por exemplo) e os isótopos radioativos. Se as lesões forem localizadas, a indicação mais frequente é de cirurgias ortopédicas e de radioterapias”, explica. Como sempre, o médico responsável poderá indicar o melhor tratamento para cada caso.

Tipos de metástases ósseas

Existem dois tipos principais de metástases ósseas: as líticas, nas quais as células malignas dissolvem os minerais dos ossos, deixando-os menos densos e mais frágeis; e as blásticas, caracterizadas quando áreas específicas dos ossos ficam mais densas (esse último tipo é mais comum em metástases provenientes de cânceres de próstata e de mama).

Uma condição mais específica que pode ocorrer são as metástases em ossos da coluna vertebral. “Nesses casos, a medula espinhal pode acabar sendo comprimida, ocasionando danos graves para o paciente, como a perda de funções neurológicas, de força muscular e da sensibilidade dos membros inferiores ou posteriores”, afirma Waldec.

Qualidade de vida do paciente

Uma vez adquirida a condição, é importante que o paciente adote medidas que irão garantir mais qualidade de vida durante o tratamento. A principal é contar com o suporte de profissionais multidisciplinares, já que as metástases ósseas exigem uma série de medidas específicas. para os casos de metástase em coluna vertebral. Nos casos de metástases em coluna vertebral, por exemplo, podem ser necessários o oncologista clínico, o radioterapeuta e o cirurgião (ortopedista ou neurocirurgião), para que cada um ataque um aspecto da doença.

Cada um deverá atuar nas diferentes variáveis durante o tratamento. “Existem casos em que a cirurgia será necessária; em outros, a radioterapia. O oncologista clínico dará o suporte sistêmico ao paciente, para diminuir o risco de ocorrência de problemas como fraturas, comprometimento de locomoção ou compressão da medula”, finaliza Waldec.

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