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Inimigo silencioso, melanoma é tipo letal de câncer de pele

O melanoma é o tipo mais agressivo do câncer de pele, podendo se espalhar para nódulos linfáticos e órgãos distantes. Se por um lado representa apenas 5% dos casos de câncer de pele, é o responsável pela quase totalidade das mortes desse tipo de neoplasia.

Assista também: Melanomas – Fatores de risco

Para compreender o melanoma, é importante primeiro entender a anatomia da pele. A camada externa da pele, chamada epiderme, contém células que produzem os melanócitos, responsáveis pela pigmentação da pele. Elevada exposição a raios ultravioleta (naturais ou artificiais), pele clara, com muitas manchas, múltiplas alterações genéticas e histórico familiar são associados com a transformação dos melanócitos em células do melanoma.

Se detectado no início, é curável e pode ser retirado por cirurgia. No entanto, em sua fase inicial se assemelha com uma mancha ou uma pinta normal, dificultando a suspeita pelo próprio paciente. Não raro, a doença só é descoberta em fase avançada, quando já comprometeu outros órgãos, como cérebro, pulmões, ossos ou fígado.

Entre as alterações genéticas associadas com o desenvolvimento e evolução do melanoma, o condutor mais predominante refere-se ao gene BRAF, encontrado em mais de 50% dos tumores. Mutações BRAF levam a uma ativação anormal na via MAPK, que é encarregada de controlar a proliferação das células. Como resultado, há um aumento na multiplicação das células tumorais e resistência à quimioterapia.

Medicamentos têm sido desenvolvidos com foco na atuação desta via celular específica de BRAF. Usando uma pequena amostra de tecido, um teste genético pode detectar mutações BRAF e dar aos médicos mais informações sobre o tumor. O tratamento, nesse caso, visa inibir a mutação da via MAPK, prejudicando, assim, a reprodução descontrolada das células doentes.

Pacientes com melanoma metastático com mutação no gene BRAF, que respondem positivamente ao tratamento, ainda se deparam com a possibilidade de a doença progredir por outra via: a MEK. Por essa razão, é importante saber quais tratamentos podem ser administrados em conjunto, já que a associação de medicamentos pode aumentar a eficiência da terapia e elevar a sobrevida global dos pacientes.

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