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No mês da mulher, Instituto Vencer o Câncer alerta para os riscos do tumor de ovário

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ovario

Dentista relata como é seu tratamento contra um câncer de ovário.

A dentista aposentada Letícia Paula de Gaspar Silveira, de 55 anos, descobriu que estava com câncer de ovário por acaso. Ela foi ao hospital para fazer uma inalação porque achava que estava resfriada e também sentia falta de ar. Depois de passar por exames, os médicos a diagnosticaram com um derrame pleural bilateral nos dois pulmões. Letícia foi internada e os médicos continuaram investigando até descobrirem que ela tinha um tumor no ovário e o problema nos pulmões já era uma consequência do câncer. “Eu fiquei muito assustada. Você não se imagina com a doença. Mas eu tenho duas filhas e o fato de ser mãe me deu força para enfrentar”, conta.

Letícia não pôde fazer a cirurgia de imediato porque não tinha condições clínicas. Primeiro, teve que recuperar a saúde dos pulmões e por isso, durante 3 anos fez quimioterapia. Em janeiro de 2013, fez a cirurgia para a retirada dos ovários, trompas e útero, depois fez mais sessões de quimioterapia e faz imunoterapia até hoje. Um tratamento longo, que ela enfrenta com otimismo. “Se senti desânimo foi muito pouco. Eu perdi cabelo durante o tratamento, mas sempre tentei levar tudo com ânimo. Sempre senti mesmo muita vontade de ficar boa e vivenciar tudo o que a vida pode oferecer”, relata.

Letícia mora em Santos, no litoral paulista, e foi diagnosticada com o câncer de ovário quando tinha 49 anos. Na época, trabalhava e teve de se afastar algumas vezes para fazer o tratamento em São Paulo. As filhas tinham 20 e 18 anos. “Elas se assustaram quando contei porque eram novas, mas ficaram do meu lado o tempo todo. O apoio da família é fundamental”, afirma.

O câncer de ovário é o tumor ginecológico menos frequente e o mais difícil de ser diagnosticado. É também o mais grave. Alguns sinais podem indicar a doença, como inchaço abdominal por causa de acúmulo de líquido no peritônio. “A gente não consegue fazer um diagnóstico precoce, em geral, porque não tem nenhum exame de check-up que se mostrou efetivo para fazer esse diagnóstico precoce. Já foi estudado se valeria a pena fazer um ultrassom transvaginal rotineiramente, mas esses tumores, que a gente chama de tumores de intervalo, aparecem entre um exame e outro, e já numa fase avançada. Então não tem nenhum exame de check-up que se mostrou efetivo para esse tipo de tumor”, explica a oncologista Juliana Pimenta, do Comitê Científico do Instituto Vencer o Câncer.

Letícia ainda está em tratamento e a sua jornada a fez ver a doença com outros olhos. “Antes eu via o câncer como uma sentença de morte. Hoje não vejo mais como uma sentença de morte. Vejo um universo com muitas possibilidades de tratamento e com muitas histórias com finais felizes. Eu sei que nem todas são felizes, mas muitas são. E hoje há uma gama de tratamentos e possibilidades de acesso a novas terapias como a imunoterapia, que antes nós não tínhamos”, ressalta.

No ano passado, foram registrados 6.150 novos casos da doença, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Algumas síndromes genéticas, história familiar, obesidade, sedentarismo e reposição hormonal aumentam o risco de desenvolver câncer de ovário.

Sobre o Instituto Vencer o Câncer

O Instituto Vencer o Câncer é uma fundação sem fins lucrativos que tem como objetivos principais apoiar pacientes e familiares diante do diagnóstico e tratamento do câncer, além de dividir com a população informações sobre prevenção em busca do maior bem que uma população pode ter: saúde e qualidade de vida. Em 2014, três grandes oncologistas brasileiros, Fernando Maluf, Antonio Buzaid e Drauzio Varella, aceitaram o desafio de atualizar e informar a população brasileira sobre todo o universo relacionado à doença.

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