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Câncer de pênis está associado à má higiene

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Alguns tumores atingem somente os homens, são eles: próstata, testículo e o de pênis. Desses três, o de próstata é o mais frequente, com 61.200 novos casos da doença por ano. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o tumor de testículo corresponde a 5% do total de casos de câncer entre os homens, e o de pênis representa 2%. Esses dois tumores podem ser menos frequentes, mas não são menos importantes e os homens devem ficar atentos a eles. Cuidar de sua saúde e consultar regularmente um médico são hábitos que precisam ser permanentes na vida do homem.

O câncer de pênis é mais comum em países menos desenvolvidos. No Brasil, segundo o INCA, os casos são mais comuns nas regiões Norte e Nordeste. A doença está associada principalmente à má higiene e pode levar à amputação do órgão. A prevenção é fundamental e pode ser feita de forma simples e barata, com água e sabão. Fazer a higiene íntima corretamente diariamente é um hábito que o homem deve ter desde criança. “Se o homem que não fez a postectomia, ou seja, a cirurgia de retirada do prepúcio, não fizer a higiene corretamente, nas dobras da pele vão se acumular secreções que podem levar a processos inflamatórios e ao câncer de pênis”, explica o oncologista Fernando Maluf, um dos fundadores do Instituto Vencer o Câncer.

Outro fator que aumenta o desse tipo de câncer é a infecção pelo HPV (papilomavírus humano). O vírus é transmitido na relação sexual, por isso o uso do preservativo é fundamental para evitar a contaminação. A vacina contra o HPV também é importante e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para meninos de 11 a 15 anos. Ela deve ser tomada em duas doses, com intervalo de seis meses entre elas.

Uma ferida no pênis pode ser sinal da doença e deve ser avaliada por um médico. “Essa ferida pode se transformar numa úlcera maior, causar endurecimento e dor no órgão e ter uma disseminação linfática para os gânglios da região da virilha. É importante que toda vez que o homem observar uma lesão no pênis vá ao médico”, orienta Fernando Maluf.

Quando a doença avança, pode atingir pulmões, fígado e ossos. Quanto mais cedo for diagnosticado o tumor, maiores são as chances de cura e menores as sequelas. “O tratamento envolve cirurgia, que pode ser parcial ou total. Ela é parcial quando é uma lesão menor e, muitas vezes, não deixa sequelas. Mas quando a lesão está mais avançada se faz a retirada total do pênis, o que afeta muito a qualidade de vida do paciente. A radioterapia e a quimioterapia também poderão ser indicadas nos casos mais graves”, explica o oncologista.

 Câncer de testículo

Outro tumor que pode atingir os homens é o de testículo. Um dos fatores que aumentam o risco desse câncer é a criptorquidia, quando um ou os dois testículos não descem para a bolsa escrotal durante o desenvolvimento do feto. Quando a criança nasce, é importante que o médico verifique se o problema existe. Se houver criptorquidia, a correção deve ser feita precocemente.

Síndromes genéticas raras, como a de Klinefelter, e história familiar, também podem aumentar as chances de a doença aparecer.

Um nódulo duro pode ser sinal de câncer de testículo e deve ser examinado por um médico. Outros sinais que merecem atenção são: aumento do volume do testículo, dor, endurecimento e inflamações.

O tratamento é feito com cirurgia para a retirada do testículo afetado e, dependendo do estágio da doença, o paciente poderá ter de fazer quimioterapia. “Esse tumor é mais comum nos homens entre 16 e 40 anos de idade e é importante dizer que é altamente curável, mesmo se for metastático”, ressalta o oncologista Fernando Maluf.

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