Nestas situações, em que o tumor já cresceu além do colo e invadiu outras estruturas, a cirurgia não consegue ser radical e pode lesar os órgãos das proximidades, portanto não é realizada de rotina. O tratamento nesta fase é realizado com radioterapia na pelve associado ao tratamento com quimioterapia, seguida de uma fase de braquiterapia.
Estádio IVB
Nesta fase da doença, em que as células tumorais se espalharam para órgãos distantes, como pulmões, fígado e ossos, através da corrente sanguínea e/ou linfática, a estratégia é atacar as células malignas onde quer que elas estejam.
O tratamento de escolha nesta situação é a quimioterapia, administrada com o objetivo de reduzir os tumores, possibilitando controlar a doença pelo maior tempo possível.
Há também benefício da associação da quimioterapia com drogas que inibem a formação de vasos sanguíneos no tumor, sendo a medicação mais conhecida chamada bevacizumabe.
A imunoterapia tem sido incorporada no tratamento do câncer de colo uterino metastático. Recentemente o FDA (agência regulatória americana) aprovou a adição da imunoterapia chamada pembrolizumabe ao tratamento com quimioterapia e bevacizumabe para as pacientes com câncer de colo de uterino metastático. Ainda não há aprovação brasileira para essa combinação. Também há dados para o uso de imunoterapia para as pacientes que fizeram uso de quimioterapia com platina sem resposta ao tratamento. As imunoterapias utilizadas nesse contexto são o pembrolizumabe e o cemiplimabe, que ainda não foram aprovadas no Brasil nessa situação.
Atualização: Graziela Zibetti Dal Molin – CRM: 147.913 Oncologista Clínica da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo Apoio: Dr. Daniel Vargas Pivato de Almeida – CRM: DF 27574 Oncologista Clínica no Grupo Oncoclínicas, Brasília-DF
Vídeo: Dra. Juliana Pimenta